domingo, 30 de dezembro de 2012

Arroz com Pequi na Chapada dos Guimarães

Viajei dois mil quilômetros até a Chapada dos Guimarães pra descansar de um ano difícil, mas cheio de descobertas e aprendizados que não se encontram na calmaria. Também do tráfego infernal que nos impõe a política do governo de incentivo às industrias automobilística e do petróleo; dos fogos de artifício que como tudo o que é artificial evito sempre que posso; do pancadão e dos "funks" antes carioca e agora apropriados por todos os estados que se amplificam em centenas de decibéis, nos equipamentos de som automotivos, por seus admiradores, trogloditas culturais que, carentes de agredir fisicamente os desconhecidos, escolheram esse caminho "democrático" e "pacífico" de machucar indefesos. Dos editoriais de final de anos e seus papais-noéis, das desgraças que mostram antes dos exemplos de superação de quem viveu a desgraça exibida no ano passado.
Vim buscar na natureza a inspiração, fonte de tudo o que posso fazer de bom pra mim e para os meus. Com a biodiversidade, aprender a simetria e a mescla das cores e dos elementos, ouvir e ver os pássaros, contemplar o horizonte, beber na fonte a água limpa que ainda nos resta. Banhar-me de rio, comer e beber novos sabores, dormir sem hora pra acordar.
Mas na Chapada dos Guimarães pouco resta deste paraíso idealizado, o progresso chegou amplificado pelas diferenças gritantes de classe, valores e cultura (a da soja principalmente), aqui o Brasil se escancara e o pancadão me persegue. Insisto na busca e encontro consolo na visão das araras que voam assustadas ao som dos rojões e sob a carcaça de uma onça empalhada na sala chic de uma pousada charmosa e bem cuidada. Me oferecem arroz de pequi e com isso me contento, meu possível paraíso tem bastante do que eu gosto.

Receita de Arroz de Pequi Saudável

Ingredientes:
1/2 xíc. de arroz integral cateto
1/2 xíc. de arroz integral vermelho
1/2 xícara de arroz negro
3 xícaras de água fervendo
1 cebola roxa média
4 dentes de alho
100gr de pasta de pequi
Óleo vegetal para refogar
Sal a gosto

Preparo

- Em uma panela de pressão aqueça um fio de óleo e Refogue a cebola e o alho bem picados
- Acrescente os arrozes e mexa por uns 2 minutos
- Acrescente a pasta de pequi e mexa mais um minuto, agora em fogo baixo
- Cubra o arroz com a água fervendo e acrescente sal a gosto.
- Tampe a panela e aguarde dar pressão em fogo baixo
- Deixe na pressão por 10 minutos em gogo baixo
- Desligue o fogo e embaixo de água corrente retire a pressão e deixe esfriar uns dez minutos com a panela aberta.
Serve 4 pessoas


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Feliz Começo do Mundo!

Queridos, desejo que em 2013 nossa amizade se renove, estejamos mais unidos pois nossos corações fazem parte da mesma corrente que une aqueles que buscam o equilíbrio e o sentido da vida com arte, cultura, espiritualidade, respeito aos outros seres e ao meio ambiente. Nossas virtudes são gêmeas, mas bi-vitelinas, ainda bem. E que encontremos a aceitação nas diferenças, o único caminho pra se continuar crescendo, como já nos ensinou a economia mundial.
Amo vocês cada um de um jeito mas do fundo da minha alma. Beijos

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Menu de final de Natal 2012

Oi pessoal, atendendo a pedidos elaboramos um menu que voces poderão levar pra casa e desfrutar de uma ceia natalina sem crueldade a ainda oferecer aos amigos uma experiência gastronômica que vai além do peru, rs.
Os pedidos devem ser feitos até o dia 21 e as retiradas entre os dias 23 e 24 de dezembro das 10 as 16hs.
Abs
Augusto


MENUS DE NATAL 2012


- Legumes Grelhados ao Molho Cítrico de Laranja Acompanha Purê de Zuca
- Caneloni Vegan em Massa de Abobrinha com recheio de Ricota de Tofú , tomate seco e rúcula) ao Molho de tomates assados em ervas da estação
- Mix de cogumelos soute c/ legumes ao molho de limão siciliano acompanha couscous marroquino c/ nacos de damasco cozido.
–Risoto Integral de Arroz Negro e Cateto com nacos de peras,  tofu defumado crocante, ervilhas e milho verde.
- Lasanha de berinjela ao sugo e tomates frescos (abóbora zuca , champgnon paris e ricota)
- Medalhões de grão de bico com quinua negra orgânica ao molho de mostarda dijon,  acompanha arroz integral com Creme de Alcachofra em conserva e salsa crespa


Sobremesas:
Fudge de Chocolate com Pistach
Panetone Vegano com frutas cristalizadas
Cheese cake vegan
Bolo vegan de figo turco com phisalis com cobertura de purê de tâmaras
OBS: Preço: R$ 50 p/kg  Pedido mínimo: ½ kg de cada item escolhido


sábado, 24 de novembro de 2012

Cigarro X Junk Food

Vale a pena conferir o filme/documentário "Muito além do peso", dirigido por Estela Renner, que acaba de entrar em cartaz na cidade. A película traz à luz as artimanhas publicitárias que a industria de alimentos - em especial a de fast food - usa para enriquecer, envenenando a população, crianças e jovens principalmente.
Assistindo o filme, me lembrei de uma exposição de há alguns anos, no Conjunto Nacional: "Como a industria do cigarro nos enganou", ou algo assim. Era composta por pôsteres, painéis e materiais publicitários, usados pelos fabricantes de cigarro desde o inicio do século XX até pouco tempo atrás, e que tinham como garotos-propaganda estrelas de cinema, atletas, médicos, personalidades das artes e, até, crianças - quem se lembra dos cigarrinhos de chocolate?
Assim como, por trás do tabagismo, estão o câncer e outras sérias doenças, o filme mostra como os alimentos industrializados vêm nos prejudicando e diminuindo a expectativa de vida das novas gerações. Diabetes, trombose, hipertensão, obesidade mórbida: são apenas alguns exemplos de doenças graves que já atingem cerca de 30 a 35% da população global, principalmente crianças e adolescentes de todas as classes sociais.
Como fumante, ativo e passivo, ao longo dos últimos 40 anos, e travando sempre uma batalha interna para ao menos diminuir o hábito, quando assisti o filme não pude deixar de sentir um certo alivio em relação ao meu vício: É que não existe cigarro saudável, qualquer que seja seu tipo, tabaco orgânico, mentolado ou de cravo, são todos nocivos quando tornados hábito. Já no caso dos alimentos, ao contrário, temos a opção dos alimentos saudáveis, basta um pouco de esforço nosso para mudar alguns costumes e, tarefa mais árdua, uma cobrança maior das autoridades, ligadas às áreas de saúde e educação, para que tomem ações mais enérgicas sobre a industria do lixo alimentar, impedindo que esta continue enganando as pessoas com sua publicidade milionária, sedutora e perversa.
Com algum otimismo, espero que em menos de cem anos alguém se lembre de organizar o material publicitário desta industria, num lugar de visibilidade como o Conjunto Nacional, e dê à exposição algum título do tipo: "Como a industria de alimentos nos envenenou".
Abs.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Canelone pra DnaTina

Minha afinidade pela cozinha italiana não é nova. Quem se criou na cidade de Sao Paulo como eu, desde muito cedo teve e ainda tem o privilégio de conviver com essa gastronomia mesmo que de forma "abrasileirada".
Quando era criança, além das lasanhas aos 4 queijos, espaguetes a bolonhesa, ao alho e óleo, minestrones, polentas, assados, nhoques, capeletes, ravioles, canelones e pizzas (minha predileta), tinha também uma influência cultural muito forte, presente no linguajar e sotaque paulistanos, no gestual das pessoas e na arquitetura que predominava nessa São Paulo do final dos anos 60 e 70.
Talvez por isso que a primeira vez que publiquei receitas e suas fotos na edição número 1 da Revista dos Vegetarianos, escolhi as Lasanhas como tema. Curiosamente não conheço a Italia como gostaria, mas adoro essa velhinha italiana, a Dna Tina com quem tive o provilégio de conviver na minha adolescência no Bairro do Jaçanã, cuja memória de suas massas deliciosas continuam me inspirando.
É pra ela e sua família (da qual me aproprio como minha também) que dedico essa receita de canelone de ricota e espinafre ao molho de tomates assados servidos com uma leve pitada de flor de sal.
Abraços carinhosos e até domingo.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Bombom de Phisalys e a Lola mandando ver...

Ai vai a descrição que encontrei n o site da UFSC para Phisalys :

• Pertence à família Solanaceae;
• Pode chegar até 2 metros de altura, tem raiz fibrosa ramificada, talo herbáceo com pilosidades;
• As flores são grandes, hermafroditas, com o cálice verde e a corola amarela;
• O fruto é uma baga carnosa arredondada, com diâmetro que varia entre 1,25 e 2,5cm e massa entre 4 a 10 gramas.
• Sinônimos: uchuva, cape gooseberry, joá de capote.

O gênero Physalis inclui aproximadamente 100 espécies. Physalis peruviana L. é a espécie mais conhecida, e é originária dos Andes sul- americanos.
No Brasil é comum no biôma do Cerrado na região Centro-oeste


Propriedades Nutracêuticas:

• Povos nativos da Amazônia e nordeste do Brasil, utilizam suas folhas, frutos e raízes no combate das seguintes doenças: Diabetes, reumatismo crônico, doenças de pele, bexiga, rins e fígado;
• forte atividade como estimulante imunológico combatendo alguns tipos de câncer, leucemia, além de efeito antiviral contra os vírus da gripe, herpes, pólio e HIV tipo 1 (estudos científicos nos EUA, Europa e Ásia);
• Tem demonstrado alta eficiência como anti-bactericida, analgésico, antinflamatório, antiasmático, antihemorrágico, antiséptico, expectorante, febrífugo, sedativo e vermífugo;
• Seu uso está sendo recomendado contra doenças de pele como: psoríase, dermatites, escleroderma, etc...
• Mais recentemente cientistas da Fundação Oswaldo Cruz do Ceará isolaram a substância chamada “PHYSALINA” que atua no sistema imunológico humano evitando a rejeição de órgãos transplantados.

Fonte: http://www.fit.ufsc.br/disciplinas_download.php?cod=1924

Bom, pra quem não conhecia essa frutinha, fica a dica. A Lola, nossa labradora que vive aqui na porta do Goa, adora phisalys, sempre que consigo dou-lhe de presente umas 4, sem a folha, não esqueça, já vi uma amiga comer um bombom que eu preparara, com folha e tudo, disse que foi a pior coisa que tinha provado na vida, mas essa é outra história.
Gosto de fazer esses bombons, é só abrir a flor, mergulhar a fruta em ganache de chocolate em várias camadas e deixar secando, depois fecha as folhas e serve numa linda bandeja ou com o café, tipo docinho mesmo.

Hoje preparei uma calda de phisalys com laranja pra um flan de chocolate, ficou muuuuuuito bom.
Fica ai a minha dica da semana. Estamos na época dessa fruta milagrosa e vale aproveitar.
Abs e até mais

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Comida Gringa, acidentes, amigos que se vão.

Gente, em menos de duas semanas fui vítima de vários acidentes, dois de motocicleta e dois de vida.
Andar de motocicleta em São Paulo é uma grande aventura, me lembra um pouco aqueles brinquedos de parque de diversão que enchem a gente de adrenalina. Não estou falando de motoboy, mas é que não dá pra ficar parado atras dos carros, afinal de contas uma  motocicleta serve pra andar entre os carros, por isso a escolha, pra economizar tempo e ser mais prático. E mesmo respeitando as leis, sinalizando,  buzinando, etc, é corriqueiro ver as pessoas dirigindo e falando ao celular, sem dar seta pra fazer conversões, brigando, e pondo em risco a vida dos outros e delas mesmas. Assim, meu pé direito foi atropelado por uma senhora que falava ao celular e cinco dias depois, ao descer a rampa do estacionamento do shopping (não vou citar qual pq eles foram muito corretos comigo até agora) dei com um rio de óleo, caí e desci de lado (o direito de novo), e logo em seguida presenciei mais uma queda de moto e uma batida de carro pelo mesmo motivo (óleo na pista).
Os acidentes de vida aconteceram com pessoas muito amadas que se foram, acho que antes do tempo, mas quem sabe quando é o tempo de se ir? Os dois eram artistas, criativos, ativos, felizes, viviam colocando pilha na gente pra ser feliz, dando exemplo, sendo o exemplo. Ao mesmo tempo em que se entristece nesses momentos, passado o choque vêm a mente lembranças de fatos engraçados, bebedeiras, shows, viagens, farras, conselhos, palavras de carinho recebidas que na verdade é o que se deixa nessa nossa curta passagem por aqui, o que se faz e o que se fala.
Então, lembrei que antes dessas pessoas entrarem na minha vida, eu tinha um paladar muito fechado pra comidas que não fossem brasileiras e foi com o impulso desses amigos e um pouco de sacanagem (no bom sentido) que aprendi a me abrir mais aos sabores de outros cantos do mundo. Ai resolvi fazer ontem um arroz sírio que adorávamos compartilhar quando, em viagens encontrávamos algum restaurante árabe.
Dedico esse post aos amigos vivos aqui e aos que eternamente vão estar nas minhas boas lembranças.


RECEITA DE ARROZ COM LENTILHAS E CEBOLAS CARAMELIZADAS - MJADRA
  • 1 copo de arroz
  • 1 copo de lentilha (a normal - verde)
  • 1 cebola
  • azeite a gosto pra fritar
  • temperos (sal, alho, cominho)
Refogue um pouco a lentilha, com cominho, sal e alho a gosto. Depois coloque uns cinco copos de  água até cobrir e mais um pouco. 
Deixe ferver até a lentilha ficar al dente (se sobrar água não tem problema, depois ele hidrata com o arroz) e acrescente o arroz integral já cozido e também ao dente. Verifique o sal e acerte se necessário.
Corte umaa cebola em cubinhos não muito grossas e frite-as em bastante azeite de oliva de boa qualidade, até que fiquem bem douradas (quase marrons - caramelizadas). Desligue e espalhe tudo, inclusive o azeite, sobre o mjadra na panela.
Sirva com coalhada seca, kibe de soja, berinjela ao forno, etc, etc, etc.
Se abra para novos sabores, aproveite a vida e seja feliz.


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O gato do Rabino

Não consigo acreditar em coisas sobrenaturais, acho que por herança de família, ao longo desses 49anos de vida, vi, visitei e freqüentei tantas religiões, seitas, igrejas e comunidades que acabei acreditando que os elementos comuns entre todas com os quais me identifico são a fé e um modelo moral que guia seus seguidores, muitas vezes como instrumento de dominação e opressão. Logo todas me parecem verdadeiras mas não absolutas.
Fico com a fé, não como uma força superior que vem de fora pra dentro mas o contrário disso, uma força interna que se constitui ao longo da vida. Experimentando com erros e acertos vamos desenvolvendo nossa percepção de uma maneira que passamos, a partir de experiências vividas, a acreditar na viabilidade de concretizar os resultados que buscamos, ouvindo nossa intuição a fé surge mais como um reflexo do que como ajuda divina.
Pra terminar sugiro que assistam ao filme de animação "O gato do Rabino" - ganhador do prêmio Cesar de 2012 e que não deve ficar muito tempo em cartaz, talvez porque questiona o que o "gato falante" chama de "lei dos loucos". É uma lição de fé, respeito, tolerância, amizade verdadeira, delicioso, musicalmente impecável e imperdível.
Abraços

sábado, 4 de agosto de 2012

Chapada das culturas, dos encontros, das águas e do pão de queijo.

Não é sempre que uma reunião marcada de última hora coincide com milhas aéreas prestes a vencer e um Encontro de Culturas Regionais que tradicionalmente acontece há doze anos bem no coração do Brasil, numa das mais ricas regiões em biodiversidade.
Rios caudalosos, cachoeiras majestosas, amigos que se encontram ao acaso ou pela primeira vez, moda de viola, quilombolas, índios, sol ameno, desafios no fogão de lenha, sofisticação sem afetamento ou arrogância e até acampar depois de quase trinta anos. Tanta coisa boa que me perdoe o Universo sempre generoso se me esqueço de nomear alguns dos muitos presentes que recebi nesses quatro dias passados na Vila de São Jorge, entrada do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.
Na saída, quase indo embora, ainda ganhei de presente uma receita de pão de queijo, um segredo revelado, um gesto generoso, simples e gostoso como a Chapada me mostrou ser.
Obrigado Nina foi um grande prazer.

Receita pão de queijo da Niina

Ingredientes

4 copos de leite
4 ovos
4 copos de porvilho azedo
4 copos de queijo 1/2 cura ralado
1/2 copo de óleo de milho
Sal a gosto

Segredo: ferver leite com o óleo, qdo levantar fervura misturar o porvilho e o restante, misturar bem pra cozinhar tudinho, aguardar esfriar totalmente a massa. Fazer os bolinhos e colocar num forma untada para assar em forno pré-aquecido a 180o. por meia hora

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Arroz de forno integral, aniversário, mudanças...



Em breve o Goa completará oito anos de idade, na verdade serão oito anos de aprendizado que acreditem, foi muito além da gastronomia e do vegetarianismo.
Quando abrimos o Goa, na época com o nome Gaia, (cuja marca não pude registrar), a idéia era a de salvar um restaurante falido, fechado e mau visto na comunidade local, o "Eugênia Restaurant & Music Bar" , transformando-o em um ponto de encontro de pessoas que compartilhassem de um mesmo valor: a paz.
Paz no sentido de não violência contra aquilo que mais preservamos mesmo que instintivamente: a vida, qualquer vida. Ser um negócio que presta serviços e emprega colaboradores em troca de dinheiro, mas sem que com isso tivéssemos de servir a um mercado poluidor e agressivo. Acho que atingimos nossa meta, além disso, mesmo que de forma simples e usando apenas minha memória degustativa afetiva, (porque não sou formado em gastronomia e nem chef no sentido acadêmico da palavra) consegui cativar nossos clientes servindo pratos populares, originais e, sempre que possível elaborados com temperos regionais, orgânicos  e saborosos.
Hoje, oito anos mais amadurecidos. caminhamos para mudanças profundas nas ações que projetamos desenvolver neste próximo ciclo que se inicia.

Adoro o meu trabalho mais do que nunca, principalmente quando ele me possibilita inovar e levar ao questionamento os valores que defendo profissionalmente, independente de minha vida pessoal.
Quanto ao arroz de forno, essa é a receita que a minha mãe fazia aos domingos. Eu tomei a liberdade de adaptar e a honra de compartilhar com a minha amiga Chef Vivi Araújo no link que voces podem acessar logo abaixo .
Abs

Arroz de Forno Integral ao Forno


segunda-feira, 16 de julho de 2012

Creme de Abóbora com Gengibre - Pousada Campestre - Gonçalves em MG


A palavra “sopa” tem a sua origem na palavra teutónica suppa que se refere a um prato medieval (sop) de um estufado espesso que se colocava em fatias de pão. Com o tempo variam as receitas e as técnicas de preparação dos ingredientes. 
Na era moderna, um receituário dedicado exclusivamente às sopas e escrito em 1882 por Emma Ewing, referia que aquelas eram “convenientes, económicas, saudáveis e de mais fácil digestão do que qualquer outro cozinhado” e que deveriam “ocupar um lugar de destaque na ciência da culinária.
fonte: http://www.google.com.br/search?client=safari&rls=en&q=historia+da+sopa&ie=UTF-8&oe=UTF-8&redir_esc=&ei=uMQEUIn7LIPW6wH48cnFCA


No último fim de semana tive o prazer de preparar uma sopa para um grupo muito especial de amigos na Pousada Campestre de meu mais novo e antigo amigo Rick Cukierman em Gonçalves MG
Novo e antigo porque pela primeira vêz em mais de 15 anos que o conheço, pude ter a oportunidade de conviver com a sua pessoa e conferir o maravilhoso trabalho de arquitetura sustentável e de preservação que ele desenvolve nessa privilegiada área da Mantiqueira se denominando "cuidador" e não "dono" desta terra.
Para agosto próximo estamos programando uma vivência que incluirá gastronomia natural e turismo ecológico na Pousada Campestre e espero poder desfrutar da sua compania meu querido e paciente leitor.


Por enquanto ai vai a receita de uma sopinha de abóbora com gengibre pra voce se esquentar nessas noites de inverno.


Abraços e saudações de paz.


Augusto Pinto



Creme de Abóbora com Gengibre



Ingredientes:
3 colheres (sopa) de azeite extra virgem

½ cebola média picada (70 g)1 pimenta dedo de moça picada sem semente500 gr de abóbora pescoço, sem casca e sem semente cortada em pedaços
50 gr de gengibre cortado em fatias bem finasSal, a gosto


Modo de Preparo:
1. Em uma panela funda, aqueça o azeite e refogue a cebola e gengibre até que fiquem dourados.
2. Acrescente a abóbora e refogue por mais 5 minutos. Junte 1 litro de água e cozinhe até que a abóbora esteja macia.
3. Bata a mistura no liquidificador, despeje novamente na panela. Tempere com sal,
4. Sirva quente em uma sopeira, fartamente acompanhada de fatias de pão integral


Rendimento:
4 porções 

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Receita de "Lasanha de Berinjela Cremosa" pra o meu filho que mora na Rússia

Tenho um filho de vinte anos que aos 15 resolveu estudar a lingua russa. Depois de patrocinar aulas de violoncelo, piano, kung fu e "otras cositas mas", neguei-lhe o pedido de financiamento do curso. Sua mãe, muito mais esperta apostou na idéia e não é que o garoto foi adiante...
Hoje, cursando o 3o. ano de História na USP, foi agraciado com uma bolsa-convênio para passar um semestre na Universidade de Moscou onde viveu nos últimos 5 meses.
Quem quiser conhecer suas aventuras e seu talento literário pode visitar um de seus blogs:
http://joaquimterencio.blogspot.com.br
Descrevo esse episódio porque apesar de não ter acreditado neste seu talento para o russo, sempre que posso preparo tanto em casa como no GOA seus pratos prediletos e a LASANHA DE CREME DE BERINJELA é dedicada a ele que em breve estará de volta ao nosso convívio e espero, mais disposto a lavar a louça, já que seu talento para cozinhar ainda não se apresentou.
Para meus leitores, amigos e clientes ai vai a receita:

Lasanha de Creme de Berinjela Assada sem Pele, Ricota e Espinafre ao Molho de Tomate e Parmesão

Ingredientes:


1 pc de massa de lasanha pré-cozida (500gr)
2 berinjelas grandes
250gr de ricota
folhas de um maço de espinafre
50 ml de leite
1/2 cebola média picada
2 dentes de alho picado
50 ml de azeite de oliva extra virgem
500 ml de molho de tomate caseiro
2 tomates cortados em cubinhos
queijo parmesão a gosto
sal a gosto
nóz moscada a gosto


Preparo:


- Embrulhe as berinjelas em papel alumínio e leve ao forno por 40 minutos a 200 graus ou até amolecerem, retire do forno e aguarde que esfriem,
- Com uma faca corte as berinjelas ao meio e com uma colher retire toda a poupa, descarte a casca e reserve a poupa para a lasanha em duas partes, sendo 80% para o recheio e 20% para a cobertura.
- Utilizando um garfo ou, de preferência um processador misture a ricota com as folhas de espinafre cruas, azeite, sal e noz moscada a gosto, utiliza o leite para dar uma consistência cremosa a mistura mas sem  deixar que fique líquida, reserve
- Em uma frigideira aqueça o azeite e refoque o alho e a cebola até dourarem, acrescente o creme da berinjela para o recheio com uma pitada de sal e misture tudo apenas por uns 2 minutos (lembre-se que a berinjela já está cozida).




Finalizando:


- em uma forma refratária, para que a massa da lasanha não grude, coloque uma camada generosa de molho de tomate no fundo,
- cubra o molho com uma camada de massa de lasanha pré-cozida
- sobre a massa de lasanha cubra com uma camada de creme de berinjela
- cubra a camada de creme de berinjela com outra de massa
- agora cubra a massa com o creme de ricota e espinafre.
- outra camada de massa
- outra camada de creme de berinjela, 
continue até que se acabem os recheios
- cubra a última camadade recheio com massa da lasanha
- para finalizar utilize os  20% de creme de berinjela para a a cobertura com o tomate picado, sal a gosto
- coloque o restante do molho de tomate
- Parmesão a gosto
- Cubra a forma com papel alúmínio  e leve ao forno pré-aquecido a 200 graus por 30 minutos, 
- retire o papel alumínio e deixe gratinar por mais 5 minutos e sirva com um bom vinho ou suco de uva orgânicos , de preferência.
Bom apetite e até breve






domingo, 24 de junho de 2012

Rio + Tomates Recheados

Por mais que se critiquem a fortuna gasta na preparação e realização dessa Rio + 20, para receber chefes de estado de diversas nações que não chegarão a qualquer tipo de conscenso sobre como diminuir os danos que esse modelo de desenvolvimento econômico vem causando ao nosso planeta e seus habitantes, considero muito positiva a oportunidade de ter visitado e participado de alguns eventos, encontros e até de experiências gastronômicas no Aterro do Flamengo em um espaço que foi chamado de Cúpula dos Povos.


Populações indígenas do Brasil e de dezenas de outros países, ONGs, Associações, arte, cultura, informação através de veículos de midia alternativos, palestras com estudos de problemas sérios mas também soluções viáveis - como a palestra do prof Dr Mohamed Habib da Unicamp sobre o "Custo da erradicação da miséria e para a solução de todos os problemas ambientais no Planeta Terra" e mais do que tudo, a presença de uma alegria e uma energia de vida contagiante capaz de nos fazer caminhar por doze horas, encontrar nossos pares em causas, pensamentos e a esperança de um mundo com escolhas "alternativas" de como e para o quê "servir". 



Existem pessoas fazendo projetos muito interessantes nas diversas áreas ligadas a sustentabilidade, comércio justo, produção cultural, agricultura orgânica, cultivo de sementes, permacultura, ativismo contra as agressões que sofrem outras culturas não capitalistas e indígenas de diversas etnias, etc.
Gostei, foi uma experiência motivadora e inesquecível. 




Nessa ocasião, preparei para amigos e anfitriões uma receita rica em proteínas e vegana que descrevo a seguir:

Tomates Assados Recheados com Champignons Frescos a Provençal


Ingredientes:
6 tomates tipo caqui grandes
4 dentes de alho
Ceboliha a gosto
Sal e pimenta do reino a gosto
Azeite de oliva

Preparo:

- com uma faca afiada retire a tampa dos tomates e reserve para fechar depois

Recheio:
- usando uma colher média retire o miolo dos tomates, dispense a parte mais branca e dura, pique a parte mais macia e reserve

- lave bem os cogumelos e corte -os em duas ou três fatias longitudinais procurando manter sua forma.

- faça o mesmo com o alho depois de descascá- los

- pique a cebolinha em laminas bem finas

Em uma frigideira ou wok aqueça o azeite de oliva e refogue os ingredientes do recheio por aproximadamente 5 minutos acrescentando ao final o sal e a pimenta do reino à gosto.

- Preencha os tomates com o recheio e cubra com a tampa do próprio tomate reservada.

- unte uma assadeira com azeite de oliva, coloque os tomates um ao lado do outro e cubra com papel alumínio.




- leve ao forno pré-aquecido por dez minutos a 200 graus e deixe assar por 30 min aprox, 

- retire o papel alumínio e com um garfo verifique se a pele do tomate se solta facilmente da poupa, se isso não ocorrer volte ao forno sem o alumínio por mais dez minutos a 100 graus e sirva.

Obs.: eu guarneci com um mix de quinoa e cuscuz marroquino cozidos e acrescidos de brócolis ninja cozido no vapor, cubinhos de pêra portuguesa e cebola caramelizada - tudo misturado e com o tomate recheado por cima. Você pode fazer do seu jeito. 

Abraços sustentáveis, esperançosos e amorosos.

domingo, 17 de junho de 2012

FINALMENTE UM POST E UMA RECEITA NOVA



Já faz mais de ano que não postava nada e sei que pra voce leitor, que está chegando agora , ou aquele que já me conhece não existe justificativa pra isso. Afinal, blogs de chefs devem conter receitas, posts, fotos de pratos deliciosos, alegrias e no meu caso saúde, muita saúde.
Minhas sinceras desculpas, mas não tinha nada disso pra oferecer nos últimos tempos. Desde pequeno me acostumei a lutar contra as adversidades que a vida nos impõe a todos, no meu caso a falta de perspectiva de um futuro tranquilo, sem surpresas e com destaque em relação ao que eu acreditava ser minha missão nessa rápida passagem pelo planeta.
Sempre que a vida me surpreende com as adversidades características dessa viagem eu me fortaleço num sonho, a maioria deles sonhado com alguém que eu admiro ou buscava agradar pra ser amado, depois fui vendo que sonhar o sonho dos outros é também um jeito pra se evitar sonhar o seu próprio. Quando me encontrei com a gastronomia, pela primeira vêz na vida eu estava sonhando sozinho e foi esse o meu melhor sonho, o qual tenho a certeza de que durará pra o resto da minha existência nesse plano, dimensão, estágio, sei lá, pelo tempo em que eu respirar. Mas só existe essa certeza porque é o que encontrei de mais verdadeiro e sincero pra realizar - e esse fazer me possibilita juntar todos os meus saberes e vivências na alquimia das panelas;  a alquimia com as experiências da  vida onde o que vivo transformo em alimento, transmutado e elaborado sem a lógica que se espera de um “chef” que não sou .
Mas por que toda essa falação ao invés de receitas? Deve estar perguntando o meu paciente leitor.
Só pra explicar que nos últimos tempos a alquimia da vida não teve os ingredientes pra se preparar um bom prato, ou um bom blog. Assumo isso porque só agora consigo identificar o que de bom, saudável e aproveitável desses últimos dois anos posso levar pra minha cozinha que reassumo junto com esse blog , pra continuar sonhando e dividindo com quem aprecia a gastronomia saudável e as boas coisas da vida, mesmo que elas não pareçam tão boas para a nossa frágil percepção “ i-mediatista” desse século XXI .

Spaghetti de zucchini crua e moyashi ao molho de tomate e manjericão fresco

Ingredientes:

• 2 abobrinhas médias
• 12 tomates cereja cortados ao meio
• 1 pacote de moiashi
• 10 g de salsa picada
• 1 maço de manjericão fresco
• 2 dentes de alho
• sal e pimenta do reino a gosto
• 50 ml de azeite de oliva extra virgem

Modo de preparo:

Rale duas abobrinhas médias no sentido horizontal para que fiquem no formato de espaguete e separe. Em uma wook ou frigideira aqueça o azeite e frite o alho até começar a dourar, acrescente o tomate e a salsa deixando cozinhar até soltar bastante líquido, acrescente a abobrinha ralada, o manjericão fresco e o moiashi apenas para aquecer, coloque sal e pimenta do reino a gosto e sirva